A mensagem eficaz
São João 6.35,41-51
No texto que lemos, Jesus encontra-se com um grupo de fariseus que o criticam por ele ter afirmado ser o pão que desceu do céu. Usam como argumento sua origem e o fato de conhecerem sua família. Como resposta, Jesus apresenta a eles o argumento do profeta Isaías e o feito de Deus no deserto, quando o povo é alimentado pelo maná.
Ao citar Isaías, Jesus diz àquelas pessoas que ele é meio pelo qual as pessoas são remidas. Em seu contexto original, o trecho do profeta Isaías citado por Jesus, Isaías 54.13, fala da nova Jerusalém, a nova realidade em que os filhos de Deus viveriam. Jesus está afirmando àqueles fariseus que ele é esta nova realidade, é nele que Deus revela sua vontade e é nele que se consuma a redenção da humanidade.
Ao citar o episódio do maná, Jesus faz uma comparação entre o alimento que o povo recebeu e o alimento que ele oferece. O alimento que o povo recebeu no deserto sustentou-os para a caminhada no deserto diariamente. Jesus oferece o pão que dá sustento eternamente, ou seja, o alimento que ele oferece é eterno. Comparando com a realidade de seu tempo, creio que Jesus está dizendo aos fariseus que o que eles oferecem ao povo, duras leis e regras difíceis que afastam o povo de Deus, não é capaz de sustentar o povo, mas Jesus, em contrapartida, oferece o alimento eficaz e saudável o suficiente para alimentar o povo.
Olhando para nossa realidade hoje, quero compartilhar duas perguntas que me vêm à mente.
Será que temos consciência de que Jesus é o nosso redentor? Pergunto isso porque Jesus está firmado em nossas mentes e em nossa cultura. Você pode perguntar a qualquer pessoa na rua se elas já ouviram falar de Jesus que a resposta, seguramente, será afirmativa. Podemos fazer o mesmo aqui na Igreja, mas aí seria até óbvio, estamos em uma Igreja de Cristo. Por isso pergunto, será que você e eu temos realmente consciência de tudo aquilo que Deus fez por nós ao enviar seu filho Jesus?
A segunda pergunta que me vêm à mente é: será que somos como os fariseus, apresentando uma lista de regras e regulamentos para as pessoas ao invés de apresentar a verdadeira vontade de Deus? Pergunto isso pois, por anos, fomos conhecidos por nosso rigor moral e ético e não por nosso amor incondicional à humanidade. Agora, nem conhecidos somos, pois somos confundidos com pessoas e instituições que se dizem Igreja mas são meros comerciantes de falsas esperanças, mercadores da enganação.
Portanto, hoje, será que temos apresentado aos nossos conhecidos a mensagem do evangelho de amor na perspectiva presbiteriana, que é a mensagem que nos trouxe Ashbel Green Simonton, que chegou ao Brasil em 12 de agosto de 1859 com seu coração colocado nas mãos de Deus e dedicado ao serviço missionário. Quando celebramos 150 anos da chegada de Simonton, como celebraremos no próximo dia doze, será que nosso coração também não deveria arder no Espírito de Deus para que evangelizemos nossos conhecidos?
Quero concluir juntando estas questões: temos apresentado de maneira eficiente aos nossos conhecidos a mensagem do evangelho, honrando o nome de Cristo e cumprindo nossa vocação missionária, tal qual Ashbel Green Simonton?
Estejamos dispostos a servir e a mudar nossa maneira de agir para celebrarmos a nossa fé semeando no coração da humanidade o amor de Deus. Evangelizar é amar ao nosso próximo como amamos a nós mesmos. Evangelizar é dar o melhor e mais eficaz alimento para o ser humano, o pão que desceu do céu...se alguém comer desse pão, viverá para sempre. Alimentemo-nos de Jesus e levemos aos famintos de justiça, amor e paz o alimento que vem do céu! Que Deus nos abençoe.
Rev. Giovanni Campagnuci Alecrim de Araújo
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