por John Baldoni
via CIO
Um grande ego pode ser um problema quando se trata de liderança. Aqui está uma forma de tirar o seu do caminho e focar no bem da empresa
Por que as organizações falham? Essa é uma questão que professores usam para provocar estudantes a responderem por que uma empresa não segue a diante. Uma razão que Ram Charan, autor e consultor reconhecido mundialmente, aponta – e ele tem se debruçado sobre o assunto com afinco – é que são falhas de execução. As companhias sonham grande, mas o resto da organização nunca abraça o projeto e ele falha.
Enquanto a execução é a razão central, acredito na existência de outra, talvez mais profunda e subterrânea: o ego.
Vamos olhar para dois exemplos. Donald Rumsfeld, ex-secretário de defesa dos EUA, usou seu poder para gerenciar a guerra do Iraque. Apesar de seu poder, as mudanças que ele pregou nunca foram aplicadas. Como resultado, ele foi destituído em novembro de 2006 após os republicanos perderem o controle do congresso. Enquanto isso, a guerra continuou.
Algo similar ocorreu com o Citigroup, uma das maiores instituições financeiras do mundo. Como reportado pela revista Fortune, alguns dos erros foram provocados por tropeços dos CEOs, de Walter Wriston passando por John Reed e Sandu Weill. Cada um deles foi um gerente talentoso, mas determinaram metas muito altas. Como resultado, o Citigroup sofreu.
Refletir antes de tomar decisões críticas pode evitar alguns erros e decisões ruins. Então antes de agir, pergunte-se três coisas:
Por que estou fazendo isso? Líderes querem colocar sua marca nas organizações. Querem que a liderança seja sentida. Isso é bom, mas algumas vezes essa pressão pode levá-los a tomarem decisões que são mais sobre si mesmos do que sobre a companhia.
Eles estão mais decididos a ver o próprio nome na capa de um periódico de negócio que a praticar certo gerenciamento. O último presidente do Turkmenistão, Saparmurat Niyazov, mandou os nomes do calendário serem mudados em homenagem a ele e sua família. Egos fora de controle podem ser expansivos e é sábio perguntar por que a si mesmo antes de tomar uma ação. Fazer algo para o seu Ego é inaceitável.
Qual será o retorno? Puxar o crescimento ou fazer uma nova aquisição pode puxar a companhia além de sua capacidade. Pode atrapalhar sua habilidade de se manter competitiva. Além disso, líderes sêniores precisam pensar se e quando a meta ou o retorno é alcançável, assim como sustentável. Vez e outra aprendemos com companhias que se puxam demais para atingir as metas do mercado financeiro. Tudo se torna volume ao invés de rentabilidade; recursos extras são aplicados para elevar a participação de mercado. Enquanto as ações sobem, o custo em dólares – assim como recursos extras e em recursos humanos – é geralmente muito alto para justificas o aumento do volume.
As pessoas vão suportar? Aqui está o ponto onde muitos líderes erram. Eles costumam apontar as empresas para novas aventuras sem checar duas coisas. Primeiro, temos as pessoas para fazer acontecer? E o time suportará esse esforço adicional?
Ter as pessoas certas nos lugares certos é uma parte importante da equação; pode requerer treino e desenvolvimento assim como a contratação de pessoas. Se os funcionários não entendem as razões por quais devem fazer as coisas diferentes ou de uma nova forma, eles não farão. A resistência pode minar muitas iniciativas. Os líderes de TI sabem o preço da mudança mais do que a maioria, já que são os responsáveis por implementações de sistemas e atualizações, as quais desagradam muitos funcionários.
Não erre: Ego é um componente vital da liderança. O ego coloca aço na espinha e é fundamental para fazer as coisas acontecerem. O ego valioso para a auto-definição. Sem ele, um líder não daria direcionamentos porque pensaria que outros poderiam fazer o trabalho melhor. O ego é essencial.
Ao mesmo tempo, o ego pode ser uma porta para a sabedoria que diz, “espere um minuto. Por que você está fazendo isso? Prestando atenção na resposta, mesmo quando frustra a expectativa de outros – e mesmo sua própria expectativa – é importante. Ouvir e agir de acordo com essa voz que vem de dentro de você é também uma das grandes marcas da liderança.
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