terça-feira, 11 de setembro de 2007


Teólogos-Pastores: um desafio para a Igreja
Rev. Giovanni Campagnuci Alecrim de Araújo
“…mas as pessoas da sala de jantar são ocupadas em nascer e morrer…”
(Gilberto Gil e Caetano Veloso in “Panis et Circense”)

Tenho tido em minha carreira de estudante de teologia uma preocupação. Logo que entrei para o seminário tinha um sonho, tinha um propósito bem claro em minha vida: queria ser pastor, queria plantar comunidades e igrejas. Não, ao contrário do que você possa imaginar, o seminário não apagou este sonho de dentro de meu coração. Talvez mudado um pouco este sonho, pois diante de mim abria-se o mundo maravilhoso da Teologia e seus estudos fascinantes. Logo me vi envolvido pelo Grego e pelo Hebraico, pelas Teologias Sistemáticas e Bíblicas, pelas pastorais e psicologia e pelas liturgias e suas renovações. Daí em diante abria-se um novo sonho em minha vida: o de estudar teologia e ser pastor. E estes sonho me trouxe uma preocupação: Como fazer com que Calvino, Lutero, Barth, Merster, Boff e tantos outros formidáveis teólogos sejam estudados, entendidos e aplicados à vida de nossas igrejas?
Esse é o maior desafio que enfrentaremos como teólogos-pastores que pretendemos ser. Fazer com que o pensamento destas mentes brilhantes sejam parte do dia-a-dia do povo que vem à igreja cultuar ao nosso Deus. O desafio maior é fazer com que não nos esqueçamos que estudamos e aprendemos para sermos instrumentos na mão de Deus para o crescimento do Povo d’Ele. Enfim, temos que não nos “ocuparmos de nascer e morrer” somente mas também nos ocuparmos das pessoas que estão em nossas comunidades, esperando ouvir da Palavra e sedentas por essa Palavra de Vida.
Sejamos pois teólogos preocupados com o estudo e desenvolvimento de uma teologia latino-americana e brasileira, voltada para o povo, e sejamos pastores, que se assentam à mesa com o povo para degustarmos os ensinos destes teólogos à luz da Palavra e vivamos uma vida em crescimento constante para a glória do Reino de Deus!
*Nota: Este texto foi escrito quando eu ainda era seminarista.

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