segunda-feira, 26 de abril de 2010

A obediência

Efésios 5.21

Preciso confessar a vocês que estou aqui neste púlpito um tanto constrangido. O que um homem de trinta anos com pouco mais de três anos e meio de casado tem a dizer a vocês?

Quando vocês me convidaram para trazer a mensagem essa noite, fiquei pensativo e tentei diversas literaturas e formulas para encontrar algo apropriado para esta ocasião. Estamos aqui hoje, agradecendo a Deus por quinze anos de união do Reginaldo com a Márcia. Quinze anos que eles decidiram ser uma só pessoa.

Ao abrir o texto bíblico da carta de São Paulo aos Efésios 5.21ss encontramos uma serie de recomendações acerca de como o marido deve tratar a esposa e a esposa deve tratar o marido. Para nossa breve reflexão hoje, quero destacar apenas o verso 21: Sejam obedientes uns aos outros, pelo respeito que têm por Cristo.

Ser obediente, sujeitar-se um ao outro. Obedecer é uma das atitudes mais difíceis para o ser humano. Somos bons para mandar, para ordenar e muito ruins para obedecer. Obedecer é um exercício diário que devemos cultivar em nossas vidas. O filho obedecer aos pais é natural, pois aos pais os filhos devem respeito e amor e são os pais que sustentam emocional, espiritual e financeiramente os filhos. Um cônjuge deve estar apto a obedecer ao outro em amor, voluntariamente.

Obediência, no entanto, não é fazer as vontades, mas sim respeitar o outro. Muitas vezes confundimos obediência com submissão total. Submetemo-nos a Deus, ele tem o controle sobre nossas vidas e sabe o que é o melhor para nós. Em relação ao casal, se obedece, por saber que Cristo é quem uniu um ao outro. A obediência é uma marca que deve se refletir na vida espiritual da sua casa. Uma vida em contato com Deus ao longo destes quinze anos não afastaram os problemas e as dificuldades da casa do Reginaldo e da Márcia, ao contrário, com certeza eles poderiam falar de cada problema e dificuldade que viveram e, quiçá, ainda vivem. Mas permaneceram juntos por obedecer a Cristo, por obedecer um ao outro, por compreenderem que alem das dificuldades existia e existe um lugar comum de amor e união.

Não quero me alongar, quero dizer a vocês, Márcia e Reginaldo, que desde que o conhecemos, não faz muito tempo, um ano e sete meses, temos visto refletido no ministério de vocês aqui na Igreja, como diaconisa e presbíteros, o amor que une vocês. Na hospitalidade impar, nas palavras de orientação e preocupação de vocês conosco, bem sei que há o amor que os une e que os fazem serem pessoas tão sinceras e tão acolhedoras, tão preocupadas sonhadoras com o futuro da IPI de Grajaú quanto são preocupados com sonhadores com o futuro da família de vocês, um com outro, os dois com o Julio e com o Murilo. Agradeço a Deus por permitir que vocês sejam um exemplo de casal, que não é perfeito, mas que caminha lado a lado. Que não vive num mar de rosas, mas que fazem das vitórias sobre os problemas grande combustível para alimentar a união do lar de vocês sob a graça de Deus.

Que Deus abençoe a você Reginaldo, a você Márcia, renovando e revigorando o dom que ele tem concedido a vocês, o dom de amar.

Rev. Giovanni Alecrim

Sermão proferido sábado, 25 de julho de 2009, no culto em Ação de Graças pelos 15 anos de casado de Reginaldo e Márcia

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