terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

Transfiguração
Durval de Moraes (1882 - 1948)

Suave, entre Moisés e Elias, nasce
Uma flor sem igual na natureza,
Sagrado lírio de ideal pureza,
Que em corpo de homem se transfigurasse.

É de cristal a veste branca, e a face
Resplende em sereníssima beleza.
Os discípulos, mudos de surpresa,
Temem que o Mestre em névoa se mudasse.

Canta uma voz de amor no céu de estio:
“Este é o meu filho muito amado, ouvi-o”.
Sozinho, no Tabor, paira Jesus!

Homem, filho de Deus, a Deus unido,
Verás, no instante do último gemido,
A transfiguração da Carne em Luz!

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