Epifania
A Arduíno Bolivar
Alphonsus de Guimaraens (1870 – 1921)
O menino Jesus, no estábulo distante,
Fita o sol, que o contempla, olímpico de luz.
E ninguém sabe qual tem fulgor mais radiante,
- Se o argênteo olhar do sol, ou se o olhar de Jesus.
Cai a tarde. Miriã tomba de joelhos, ante
O divino clarão dos seus pezinhos nus.
E não há por ali zagal que não descante
Em seu louvor: no céu aparece uma cruz.
Mais cintilante fulge a áurea Estrela de Efrata.
Vêm outras, e outras mais, todo o céu é de prata,
Anda em tudo o esplendor eterno do Agnus-Dei.
Vinde, ó Magos! São três os Príncipes do Oriente.
E a Cristo cada um faz, na paz da fé clemente,
A oferenda que, um dia, entre astros, lhe farei!
Nenhum comentário:
Postar um comentário