A Ovelha Perdida
José (Abreu) Albano (1882 – 1923)
Senhor, assim pregado ao duro lenho,
Não negas a ninguém o teu socorro;
A mim, pois, que da mágoa vivo e morro,
Dá-me o brando sossego que não tenho.
Em te amar sempre ponho todo o empenho,
Vendo do puro sangue o frio jorro,
E com suspiros aos teus braços corro
E ao pé da santa cruz deitar-me venho.
Olha como foi triste o meu destino,
Sem esperanças quase e sem venturas,
Apenas com os sonhos que imagino.
Lembra-te destas dores tão escuras,
De que tu és o meu Pastor divino
E de que eu sou a ovelha que procuras.
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