Para serem ouvidas, elas precisam refletir a visão, missão e valores de sua organização para a audiência – e não para seu ego
John Baldoni via CIO
Quando questionado por Larry King sobre o que torna um comediante muito bom, Jerry Seinfeld – um dos melhores – respondeu que era preciso gostar da audiência. Seinfeld criticou o tipo de comediante que só quer chamar atenção para si. Para ele, um bom comediante se importa se a apresentação está sendo bem recebida. O ego tem um papel importante nesse tipo de comédia, mas Seinfeld aprendeu a sublimá-lo em nome da piada. Para os líderes que fazem discursos e apresentações públicas, aqui há uma lição: você não é o centro da questão.
Para que o líder seja ouvido, a mensagem deve refletir a visão, a missão e os valores da empresa. Você deve modelar sua mensagem de acordo com a audiência; isso não significa que você tenha de dizer o que eles querem ouvir, mas o que eles ouvirão e responderão. Deve construir as frases de modo que faça sentido para os ouvintes. Você não deve dizer “olhe para mim”, mas sim “olhe para nós”.
Preparação é critico para tanto. Começa no estágio de desenvolvimento da mensagem e continua no momento da comunicação. Aqui estão algumas questões para considerar quando estiver preparando algo desse tipo:
O que a audiência espera ouvir? Antes de um líder resolver falar em algum lugar, deveria descobrir o que as pessoas esperam. A pessoa traz perspectivas que são únicas. Traz perspectivas para questões raras e esperam esse ou aquele ponto de vista.
O que a audiência tem medo de ouvir? Líderes, como o resto de nós, amam boas notícias. Nos faz bem ouvir coisas positivas, e ainda mais dizê-las. Mas situações difíceis exigem uma conversa séria. Esconder más notícias é uma péssima idéia; nega qualquer mensagem que possa ter porque as pessoas estão pensando no ponto ruim. Por exemplo, se uma companhia precisa diminuir de tamanho, ou o board decide fechar uma fábrica, precisa comunicar isso claramente e deixar claro, também, o que acontece com as pessoas que ficam. Os líderes precisam estar atentos às necessidades e temores da audiência e responder a eles de forma a acalmá-los, mas de forma realística. Uma conversa franca é essencial. O líder tem obrigação de ser honesto e confiável, aceitar as conseqüências do que está acontecendo e discutir o que não está acontecendo. Falhar aí mostra pouco respeito com a audiência e planta sementes para disrupturas.
O que sua apresentação pode fazer para criar unidade? Líderes precisam construir senso de governo, mesmo no setor corporativo. Enquanto CEOs gostam de pensar que estão no comando, você precisa de gente unida para fazer as coisas acontecerem. Isso é especialmente verdade no lançamento de novos produtos, fusões e aquisições. Grandes questões requerem ações de acompanhamento. Líderes precisam trabalhar próximos para saber o que as pessoas estão e aprender como a mensagem vem sendo compreendida.
Falas em público não tem nada a ver com anular o seu ego completamente. Ele tem um papel fundamental no que diz respeito a liderança. Queremos que nossos líderes sejam decididos; queremos que tomem medidas especialmente em tempos de crise. A comunicação reforça esse ego quando demonstra um senso de confiança. Em retorno, se desenvolve a confiança entre liderados e liderando.
Prestar atenção em como a mensagem aparece para a audiência é essencial para a boa liderança. Pensar em como essa vantagem mantém o líder focado no que dirá e por quê. Tal preparação também garante uma ótima receptividade da audiência e isto melhora o quanto as pessoas gostarão ou não da mensagem - e o quanto tentarão mudar de atitude.
Nenhum comentário:
Postar um comentário