A qualidade do ambiente de trabalho e o relacionamento entre a empresa e os funcionários são fundamentais para alcançar resultados sustentáveis
Thais Aline Cerioni via CIO
Você trabalha em uma empresa sustentável? Provavelmente, sua primeira resposta – pelo menos, a oficial – seria “sim”. Na era do politicamente correto, ser sustentável pega bem e, na maior parte dos casos, significa que a empresa tem ações de responsabilidade social e está preocupada com o meio ambiente.
No entanto, sustentabilidade corporativa é muito mais que isso, como lembra George Brough, diretor organizacional da Caliper. “As empresas acham que plantar uma arvorezinha é ser sustentável”, dispara. “Mas sustentabilidade tem a ver com o modelo de negócio e o modelo operacional da empresa, com a forma como você trata as pessoas e a qualidade do ambiente de trabalho.”
Na visão do consultor, uma companhia sustentável atrai profissionais com ideais semelhantes aos corporativos, que se sentirão confortáveis no ambiente de trabalho e terão certeza de que aquele é o melhor local para mostrar seu potencial. “Todas as pessoas têm talento para fazer algo. As empresas precisam encontrar aquelas que possuem as habilidades para o que está precisando e depois dar condições para que ela se desenvolva”, explica Brough.
Evidentemente, oferecer um ambiente adequado para o desenvolvimento pleno dos profissionais não significa dar “pão e circo”, assim como não é sinônimo de sombra e água fresca. Porém, locais em que profissionais competem dentro de uma mesma equipe, em que as “regras do jogo” não são claras, em que a busca por resultados fere princípios ou onde a diretriz de se fazer mais com menos impera estão longe de ser sustentáveis.
Neste momento, você pode pensar “mas isso não depende de mim, trata-se da cultura da empresa”. Brough alerta que todos os gestores têm responsabilidade, ao menos, pela qualidade de trabalho de suas equipes e os incentiva a mudar o que for possível. “Muitas pessoas têm a sensibilidade, mas não têm entendem que têm poder e responsabilidade para mudar”, avalia. Se você está disposto a começar mudanças, o consultor dá duas dicas:
- Defina quais são os comportamentos que determinam o sucesso em sua área. E coloque-os no papel. Muitas empresas têm essas competências definidas, mas não existem critérios formais de avaliação, tornando-se subjetivo. É necessário ter critérios transparentes e deixar claro como as pessoas podem manifestar essas competências.
- Atraia, retenha e recompense pessoas que mostram os comportamentos que deseja. Se você definiu alguns comportamentos, mas na prática mostra que o importante é resultado a qualquer custo, as pessoas deixam de acreditar. Esse comportamento desmotiva a equipe. Quando as pessoas são promovidas, premiadas ou demitidas somente por resultados, o ambiente não é sustentável. Se você conversar com alunos de faculdade, verá o quanto elas valorizam essa transparecia – e essa pessoas são os funcionários e os clientes de amanhã.
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