Desde o princípio, o Cristianismo se reúne em comunidade. Esta reunião é conhecida por nós como culto. É o nosso culto.
Logo após a ressurreição de Jesus e sua ascensão, os apóstolos se reuniam com o povo e seguiam uma celebração simples: faziam oração, liam os escritos do Antigo Testamento, recordavam os ditos de Jesus, entoavam cânticos e partiam o pão.
Com o tempo, esta maneira de celebração foi se ampliando. Acrescentaram orações comunitárias, momento de confissão de pecado, momento de declaração de perdão, um momento onde reafirmavam sua fé.
Assim a liturgia da Igreja foi se desenvolvendo até chegarmos ao que conhecemos hoje. Nossa liturgia se divide, basicamente, em quatro grandes blocos.
Primeiro bloco: reconhecendo a soberania de Deus
Neste primeiro bloco nós nos reunimos como Igreja para adorarmos a Deus. Ao adorá-lo, compreendemos que Deus é soberano e nós não somos nada. Tomamos consciência do nosso pecado e por isso confessamos a Deus nosso erro. Após confessarmos, firmados na fé que Deus nos dá, temos a certeza do perdão e por isso louvamos ao nosso Deus.
Segundo bloco: ouvindo a voz de Deus
Após reconhecermos a soberania de Deus, nos assentamos para ouvir o que Deus tem a nos dizer. Assim, lemos as escrituras do Antigo e do Novo Testamento, ouvimos o sermão e como resposta a estes ensinos, Afirmamos nossa fé e oramos a Deus, pedindo suas bênçãos e forças para cumprirmos o que ele nos falou.
Terceiro bloco: Eucaristia
Após ouvirmos a voz de Deus, nos assentamos ao redor da mesa, para celebrar e relembrar a vida de Jesus e seu sacrifício, mas principalmente para celebrarmos a comunhão que temos por meio de Jesus. Este terceiro bloco nós o celebramos uma vez por mês, sempre no primeiro domingo.
Quarto bloco: despedida
Após reconhecermos a soberania de Deus, ouvirmos sua voz e celebrarmos a comunhão, somos chamados por Deus a atuar no mundo. Por isso somos enviados, embaixo da bênção de Deus.
Estes elementos litúrgicos foram desenvolvidos ao longo da história do cristianismo e servem para nos deixar sempre mais próximos da vontade de Deus. Porém, isto tudo só é possível se juntos nos dedicarmos a participar do nosso culto com o coração aberto para ouvir a vontade de Deus. A nossa liturgia não é um esquema rígido nem engessado, mas expressa a história da Igreja junto com a realidade da comunidade.
Rev. Giovanni Campagnuci Alecrim de Araújo
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