sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Seguindo os preceitos de Deus
São Mateus 2.13-23

Jesus nasceu! E logo após seu nascimento, os evangelhos narram a história que acabamos de ler: a ida e retorno do Egito, intercalada pela matança das crianças.

Neste período em que recordamos o nascimento de Jesus e as festividades natalinas ainda ecoam em nossa mente, o que a viagem ao Egito tem a nos dizer?

Vamos compartilhar deste texto e perceber que precisamos seguir a ordem de Deus

Pela segunda vez em sua vida José vê um anjo e recebe dele instruções: foge para o Egito. José toma a criança e Maria e foge para o Egito. Esta não a primeira vez que o povo de Deus recorre ao Egito. A vida de Jesus encontra paralelo com a história do povo de Deus. Quando houve fome na terra foi para o Egito que Jacó foi com seus filhos buscar alimento. Não era a primeira vez que o Egito abrigava o povo de Deus. José se deslocou para lá, não se sabe por quanto tempo, para preservar a vida de Jesus, pois Herodes queria matá-lo. José seguiu a ordem de Deus.

Quantas vezes nós podemos afirmar que temos seguido as ordens de Deus? Será que temos sido sensíveis às ordens de Deus? Será que temos escutado quando Deus fala conosco? Quantas oportunidades temos deixado de lado por conta de não ouvirmos a voz de Deus?

José ouviu a recomendação do anjo, pois assim cumpriria a profecia de Oséias 11.1 Quando Israel era criança, eu já o amava e chamei o meu filho, que estava na terra do Egito. E nós? Será que estamos dispostos a cumprir os desígnios de Deus para nós? Será que estamos dispostos a doar nossas vidas a Deus para que ele nos guie?

Muitas vezes preferimos agir do nosso modo, a nossa maneira e escolhemos o nosso jeito, ao invés de escolher os desígnios de Deus. Assim veremos que Quando o homem age segundo seus preceitos Não há escolha que seja acertada. Não há limites para a barbárie. Não há limites para nada. Quando o homem age segundo seus preceitos não há limites para o mal.

Herodes desejava o poder pleno em suas mãos. Por isso interessou-se pela profecia que dizia que um rei viria para libertar Israel. Por isso enviou reis magos para presentear o recém nascido. Mas Herodes não contou com a providência divina, que alertou aos magos da maldade no coração de Herodes. Herodes escolheu, então, agir segundo seus preceitos. Mandou matar todas as crianças que estivessem com a idade que Jesus estaria. Segundo estudos, havia em Belém não mais que trinta ou quarenta crianças com menos de dois anos. Crianças arrancadas de suas mães, mortas pelas mãos de um homem que só seguiu os seus preceitos. Cumpriu-se a profecia de Jeremias 31.15: Ouviu-se um som em Ramá, o som de um choro amargo. Era Raquel chorando pelos seus filhos; ela não quer ser consolada, pois todos estão mortos.

O que acontece quando decidimos seguir os nossos preceitos? O mal. Sim, o mal. Por que o coração do homem é mal, só pensa em seus interesses, em seu bem estar, em sua vida. Jamais pensam nos outros, no coletivo, sempre em si. A cada notícia de crime hediondo nos perguntamos: será que tem limite a maldade do homem? Não, não tem limite, mas tem fim! O fim da maldade humana é quando deixamos de lado os preceitos do homem e passamos cumprir a vontade de Deus.

E cumprindo a vontade de Deus experimentaremos crescimento e renovo.

José recebe pela terceira vez a visita de um anjo, que lhe instrui a voltar para Israel. Porém, não volta para Belém, mas segue para Nazaré. A raiz da palavra hebraica Nazaré, Neser, tem relação com renovo, renovação. Por isso de Nazaré, a cidade do renovo, vem o Messias que tudo fez novo, cumprindo assim a profecia de Isaías 11.1: Do tronco de Jessé sairá um rebento, e das suas raízes, um renovo.

José vai para Nazaré, onde Jesus cresce e se desenvolve. Quando optamos por seguir os preceitos de Deus para nossas vidas, acontece o mesmo. Crescemos e nos desenvolvemos. Nossa vida se renova. Tudo se faz novo. As discussões, os problemas, as dificuldades continuam, mas temos novas forças e a esperança continua de que a mão de Deus está sobre nós e que a vontade divina fará tudo novo em nossas vidas.

José ouviu a voz de Deus, desde o princípio, e fez dos primeiros anos de Jesus o cumprimento das profecias a seu respeito. José foi instrumento ativo nas mãos de Deus. E nós? O que seremos? Meros espectadores da ação divina na vida de outros, ou participantes ativos da vontade de Deus em nossas vidas?

Concluindo, Neste primeiro domingo de natal, quando recordamos a ida e volta do Egito da família de Jesus, a pergunta que fica para nós é a seguinte: estamos dispostos a seguir a vontade de Deus?

Que Deus nos abençoe para que possamos abrir nossa mente e coração para cumprir a sua divina vontade.

Rev. Giovanni Campagnuci Alecrim de Araújo

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