sábado, 12 de janeiro de 2008

Re-agir

O que fazer para romper com a estrutura vigente? Esta é uma pergunta que percorre a cabeça de jovens que cresceram assistindo a televisão e se apaixonaram por Che Guevara e outros ícones do socialismo das décadas de 70 e procuram agora, em pleno século 21, viver de acordo com essas cartilhas.

O que surpreende nesta juventude, dita esquerdista, que venera Che, que não se conforma com a desigualdade social, é a sua plena convicção de que somente o seu ponto de vista é o correto. Veneram Che, adoram Fidel e vêem em Chávez a esperança de uma América Latina do jeito deles. Esquecem o primordial: democracia não é jamais igualdade para todos. Democracia é direito e dever. Fazem apologia a sistemas libertários, desejam ardentemente uma revolução armada para tomar o poder e distribuir as riquezas, mas não deixam de lado as roupas, de grife ou não, novas, os tênis e coturnos cujo valor daria para alimentar uma família, a camiseta com a gravura do Che que daria para comprar quase um quilo de pão e nem dispensam as férias na praia com a família.

Juntando-se a esta esquerda, nasce agora uma vertente chamada freegan. Os freegans são pessoas que buscam estratégias para viver o máximo possível à margem da economia. Surpreendente não? Vai lá na feira em que eles vão e repara a roupa deles, depois vê onde eles moram e me respondam: estes jovens precisam abrir suas mentes para compreender melhor o sistema em que vivemos ou ele abriram tanto a mente que começou a feder?

Não, não é preconceito, só que, a cada nova babaquice inventada pelos filhinhos de papai que pensam que podem mudar o mundo com ideologias e atitudes vazias, eu tenho mais vontade de virar um reacionário de direita de vez, mas meu espírito cristão me impede. Mas que eu corro um sério risco, ah, isso eu corro mesmo!

Rev. Giovanni Campagnuci Alecrim de Araújo

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