quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Ativistas testemunham ilegalidade em dose dupla na Antártica

Antártica — Bote do Greenpeace quase ficou preso entre o Nisshin Maru e cargueiro panamenho, que recebeu caixas de carne de baleia do navio-fábrica japonês e o reabasteceu ilegalmente. Perseguição à frota baleeira evitou pelo 11o. dia seguido a matança de baleias na região.

Um bote do Greenpeace com dois ativistas atrasou, na manhã desta terça-feira, o reabastecimento ilegal do navio-fábrica baleeiro Nisshin Maru pelo cargueiro Oriental Bluebird, de bandeira panamenha. Depois de quase ficarem presos entre os dois navios, os ativistas ainda conseguiram documentar a transferência de caixas de carne de baleia para o cargueiro.

A região em que a frota baleeira se encontra é protegida por diversos tratados internacionais. Ao abastecer nessa região, o Nisshin Maru está colocando em risco toda a integridade do ambiente marinho antártico. Além disso, o Oriental Bluebird, que leva a bandeira do Panamá, não possui autorização de seu país para operar como parte da frota baleeira. Ambos, Panamá e Japão, são signatários do acordo firmado para impedir a poluição dos oceanos (o Marpol).

"O Panamá é parte da América Latina, único continente que não caça e nem promove caça de baleias. O país, que já teve postura conservacionista na última reunião da Comissão Internacional Baleeira (CIB), deveria seguir o exemplo do bloco latino americano e não permitir que seus navios apóiem atividade ilegal no Santuário de Baleias Antártico”, afirma Leandra Gonçalves, coordenadora da campanha de baleias do Greenpeace Brasil, a bordo do Esperanza.

Confira o blog da Leandra Gonçalves, com os bastidores da expedição do Esperanza na Antártica para evitar a caça às baleias.


Frota baleeira faz atividade ilegal em área de Santuário, ativistas tentam impedir e são quase esmagados entre os dois grandes navios.

Pouco antes do abastecimento, duas embarcações da frota baleeira japonesa passaram mais de uma hora realizando manobras em volta dos pequenos botes infláveis do Greenpeace, a fim de prejudicar os ativistas e mantê-los longe do Nisshin Maru e do Oriental Bluebird.

Enquanto isso, a tripulação do Esperanza observava o Oceanic Viking, navio do governo australiano, aparecer no horizonte. Agora, mais um navio encontra-se próximo ao Nisshin Maru para impedir a caçada de baleias - e há 11 dias nenhuma delas é morta na Antártica.

Confira as fotos no link

Nenhum comentário: