Habacuque 3.1-7
Situações de opressão nos cercam todo o momento, assim como cercavam também ao povo de Deus na época do profeta Habacuque que em seu texto revela sua indignação com a situação de Judá, oprimida econômica e religiosamente pelos Assírios e depois pelos Neobabilônicos.
Vamos compreender o nosso papel diante de uma sociedade que vive oprimida pela corrupção, violência, ganância e maldade. Vamos conhecer o poder que transpõe a vontade do homem e que põe em juízo o mal e chama para si o bom.
Para isto, vamos ver que
No conhecimento dos feitos de Deus, a esperança
O profeta declara-se com temor diante do que Deus já fez e vive a expectativa de ver o poder de Deus agir sobre a situação de opressão
Nós, como filhos de Deus, não devemos nos esquecer jamais dos feitos de Deus. Como somos falhos nisto. Nos esquecemos facilmente daquilo que o Senhor já fez na nossa vida. Lembra-se daquele livramento? Do emprego que demorou mas veio? Da promessa d’Ele que se cumpriu na sua vida? Das misericórdias que nesta manhã se renovaram sobre sua vida (Lm. 3:22-23)?
Assim como o povo de Deus havia se esquecido nos tempos do profeta de tudo o que o Senhor havia feito por eles, nós também nos esquecemos. Deixamos de lado o nosso passado e não vemos mais a mão de Deus sobre nós.
Erramos por esquecer que Deus pode transformar a nossa situação como já transformou. Erramos por esquecer de tudo que Ele já fez por mim e por você.
Mas o profeta não se esquece, ele teme e respeita o que o Senhor já fez por ele e pelo Seu povo! Mais que isto, ele deseja ver os feitos do Senhor novamente sobre Judá pois a corrupção e a violência dominam seu país. A justiça é injusta e os maus levam vantagem sobre os bons. Estamos falando de Judá, mas até parece o Brasil! O profeta quer mudanças. Não qualquer mudança, ele deseja ver os feitos do Senhor! Livramento, justiça! Por mais que o povo esteja distante dos caminhos de Deus, o profeta ainda clama: na tua ira tem compaixão de nós!
Mas o Senhor virá e
Na vinda do Senhor, a Justiça
Deus vem do Sul. Edom e Parã. Quem está à leste teme. Cushã e Midiã. Ao norte Judá, a oeste o mar.
Parece-nos um pouco estranho este panorama geográfico ao falar do texto de Habacuque, mas este panorama revela-nos algo sobre as esperanças do profeta.
Do sul vem o Senhor, diretamente da região do Sinai, o mesmo monte onde Deus falou com Moisés (Ex. 18-20). Vem de Parã, deserto onde Agar e Ismael foram encontrados pelo anjo de Deus (Gn 21:17) e região conhecida pela sabedoria de seus homens. Treme Cushã e Midiã. Cushã possivelmente região vizinha a Midiã, a mesma Midiã que volta e meia assolava Israel e Judá e que fora derrotada por Gideão (Jz 6-8).
O profeta anseia tanto pela vinda do Senhor que ele sabe das conseqüências da justiça de Deus. O profeta sabe que doenças terríveis assolarão o povo e que após a justiça feita haverá doenças mortais. Todos temem, pois sabem que estão diante daquele que possui todo o poder em suas mãos, sabem que o próprio Deus veio para cumprir sua justiça. Nada subsiste, pois nada pode resistir à força de sua mão.
Quantas vezes você e eu nos esquecemos da justiça de Deus? Quantas vezes você e eu temos falado das conseqüências de uma vida de pecado, de ganância, de corrupção, de violência? Quantas vezes você e eu temos agido como profetas de Deus dentro de nossas casas ao nos relacionarmos com nossos parentes?
Devemos conhecer os feitos de Deus para perceber que, da mesma forma como agiu no passado, seu poder é imenso para transformar a nossa realidade. Por onde caminha a justiça divina faz-se sentir as conseqüências do erro de cada um de nós.
Como temos agido diante das situações de injustiça e falta de amor dentro de nossas casas, de nossa igreja, de nossa cidade, de nosso trabalho, de nosso país? Temos deixado que a corrupção e violência reinem ou temos nos lembrado do poder de Deus a ponto de temer as conseqüências da injustiça?
Conclusão
Somos chamados, diante da injustiça, a proclamar o poder de Deus que transforma e que separa para si o bom e põe em juízo o mal. Vamos viver cientes deste poder para que possamos temer a Deus e estarmos cientes de que Ele vem para restaurar o seu povo!
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